A divulgação científica é essencial, independentemente de qualquer lugar em que se esteja no globo terrestre, isso não seria diferente no nosso Nordeste, onde a divulgação científica é igualmente vital para promover o acesso ao conhecimento, impulsionar o desenvolvimento regional, fortalecer o engajamento das comunidades, preservar o meio ambiente, etc. Logo, percebe-se que a popularização da ciência fomenta o desenvolvimento em diversas áreas, e isso é fundamental para uma sociedade crítica e participativa.
Ao promover a divulgação científica, a região Nordeste pode fortalecer sua base científica e tecnológica. Podendo impulsionar a inovação, a criação de empregos qualificados e o avanço de setores essenciais para o Brasil, como a agricultura, as energias renováveis e o turismo científico. Como já dito anteriormente, a divulgação científica alavanca várias áreas, contribuindo, também, para o desenvolvimento econômico da região e do país.
No Nordeste se localiza a Caatinga, bioma único onde há diversos riscos de desmatamento e desertificação. Segundo estimativas do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens e Satélites (LAPIS), vinculado à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), 12,58% do semiárido está sofrendo com o processo de desertificação. Este bioma exclusivamente brasileiro precisa ser preservado, isso pode ser facilitado através da divulgação científica, por exemplo: conscientizando a população, ajudando os governantes nas tomadas de decisão com base na ciência, etc.

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, ignição! Lançado o foguete no RN para todo o Nordeste. Estamos falando do projeto Caravana Espacial que tem o objetivo de popularizar o conhecimento científico, trazendo a luz das estrelas para o Nordeste, levando o conhecimento científico, especificamente nas áreas de Astronomia e Astronáutica, para comunidades em zonas rurais e com pouca ou nenhuma infraestrutura para a área, e, ajudando jovens a se familiarizarem com a ciência através de experimentos divertidos e interativos. Realiza também noites de observações astronômicas comentadas, jogos lúdicos e oficinas "mãos na massa" como a oficina de foguetes de garrafas PET. O projeto percorrerá ao todo 30 municípios, sendo 13 no Rio Grande do Norte, 05 em Pernambuco, 04 no Ceará, 06 no Maranhão e 02 na Paraíba. Até a presente data (23/05/2024) já foram realizadas 24 missões. Este projeto é possível graças ao financiamento do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
O Cometa Nordestino é um projeto irmão igualmente voltado para a promoção e a disseminação das ciências, com dedicação na popularização da Astronomia e Astronáutica nas comunidades nordestinas dos estados da Bahia e do Rio Grande do Norte. O projeto utiliza diversos recursos para a promoção da ciência como seminários, palestras, sessões de planetário, etc. sempre com o objetivo de democratização do conhecimento científico.

Em algumas áreas do Nordeste, pode haver desigualdade no acesso à internet e outros meios de comunicação, o que dificulta a capacidade das pessoas de se envolverem e se informarem com conteúdos científicos.
Em algumas comunidades, especialmente aquelas onde o acesso à educação é pouco, podem haver barreiras de comunicação que dificultam a compreensão científica. Este fato pode afetar o ingresso das pessoas dessas comunidades em meios acadêmicos, de pesquisa e de extensão.
O sistema educacional, em algumas áreas do Nordeste, é um grande desafio, com pouca infraestrutura nas escolas, falta de professores qualificados e baixo investimento em educação. Isso pode resultar em diminuição no nível de alfabetização na população, coisa que já é realidade, tornando a divulgação científica ainda mais importante, mas também mais desafiadora.

Jornal da USP: Os novos paradigmas da divulgação científica no Nordeste. Link: Os novos paradigmas da divulgação científica no Nordeste – Jornal da USP
Caravana Espacial: Projeto de extensão da UFRN em parceria com IFRN é aprovado em edital do CNPq — IFRN - Instituto Federal do Rio Grande do Norte
Cometa Nordestino: Página inicial (cometanordestino.org)